Os servidores de Desenvolvimento Econômico e Social do estado marcaram presença na mobilização para Greve Geral realizada na tarde desta sexta-feira (28), na Praça Ipiranga, em Cuiabá, e protestaram contra as reformas da Previdência, Trabalhista e ainda a Lei da Terceirização, que prejudica muito a categoria. Além disso, as mulheres podem ser ainda mais prejudicadas com a nova proposta para a aposentadoria.
O Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social de Mato Grosso (SINDES/MT) aderiu à paralisação e o vice-presidente, Júlio Marques, demonstrou preocupação com o fato de que com a aprovação nacional da reforma da previdência as servidoras poderão ser ainda mais prejudicadas em Mato Grosso.
Isto porque, a carreira da área meio do Estado possuí 12 níveis de carreira e com isto o servidor precisa trabalhar 36 anos para chegar ao último estágio antes de se aposentar.
“Na regra atual, a mulher pode se aposentar com 30 anos de contribuição, mas já precisa trabalhar seis anos a mais. Estamos lutando para tirar estes dois níveis a mais da nossa categoria, que é a única com 12, mas com a aprovação nacional acabamos perdendo força no debate”, afirmou.
Outra preocupação do vice-presidente é com relação à Lei da Terceirização que atinge principalmente a área meio. Para Júlio, isto acabará fazendo com que o governo não realize mais concurso para a categoria e contrate pessoas com menos direitos e salários menores para executar a mesma função.
O presidente do Sindes/MT, Adolfo Grassi, acredita que a mobilização poderá ainda sensibilizar os parlamentares para mudar a reforma. Ele reconhece a dificuldade em convencer o Senado mudar o projeto que já foi aprovado pela Câmara Federal sobre a reforma trabalhista.
Grassi diz ainda que caso seja aprovada de fato as reformas é possível que haja medidas mais radicais por parte dos sindicatos em todo país, como até mesmo uma greve por tempo indeterminado.
A Greve Geral ocorreu em todo país nesta sexta-feira (28) e mobilizou os trabalhadores para protestar contra as reformas da Previdência, Trabalhista e a Lei da Terceirização.